quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

CENTRO DE HISTÓRIA DA FAMILIA (CHF)

Quem constrói uma árvore genealógica não pode deixar de fazer uma visita a um Centro de História da Família (CHF) da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, mais conhecida como Mórmon, nome de um profeta que, segundo a Igreja, teria vivido na América no ano de 400 d.C.

Nos 178 CHFs espalhados pelo país (com mais 34 novos previstos para o final do ano), os mórmons permitem o acesso gratuito a cerca de 12 milhões de registros (sobretudo certidões de nascimento, casamento e óbito) microfilmados em cartórios, igrejas e arquivos históricos do mundo todo. Uma cópia de cada registro vai para a sede mundial da Igreja, em Salt Lake City, no Estado americano de Utah, e fica guardado, como um verdadeiro tesouro, em um abrigo de chumbo encravado no sopé das Montanhas Rochosas, totalmente a salvo de umidade, incêndios e até explosões atômicas.

Esse arquivo central, fundado em 1894, é considerado hoje o maior acervo genealógico do mundo. Para pesquisar neste acervo, basta ter o nome completo do antepassado e a data exata ou aproximada do documento que se quer encontrar. Por meio de microfichas disponíveis em cada CHF, consulta-se um índice que vai localizar o microfilme com o documento pedido. As consultas são gratuitas. Esse microfilme pode ser visto em máquinas apropriadas no próprio CHF ou ser ampliado, a pedido do pesquisador.

Tamanha paixão pela genealogia tem uma explicação doutrinária. Os mórmons acreditam que as famílias se reencontrarão após a morte, no mundo espiritual. Por isso o empenho dos mórmons em montar suas árvores genealógicas.
Álvaro Santin, responsável pelo Centro de Serviços de História da Família, começou suas pesquisas há cerca de dez anos e já tem 4.772 nomes em sua árvore. Para chegar a todos esses parentes, a grande maioria italiana, Santin não precisou sair do país. Acessou os arquivos da igreja na Itália. E já está colocando à disposição os dados que conseguiu na Internet, o próximo alvo dos mórmons. Em maio desse ano, foi inaugurado o site www.familysearch.com, que permite o acesso a bancos de dados montados por membros da igreja. Por enquanto, estão disponíveis apenas os nomes de americanos, ingleses e finlandeses, num total de 400 milhões de pessoas. Até o final do ano, porém, os mórmons pretendem incluir bancos de dados do mundo todo, inclusive do Brasil.



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FONTE http://galileu.globo.com/edic/100/con_historia1.htm