sexta-feira, 26 de novembro de 2010

MEMÓRIA AMEAÇADA

COMENTÁRIOS DE ANTONIO AUGUSTO LEITE DE CASTRO



Tomei conhecimento que nos Arquivos da Catedral de Natal-RN não existem mais, livros paroquiais anteriores a 1778, os quais teriam sidos criminosamente destruidos. Se verdadeiro tal fato, embora ainda nutra ilusões de ser desmentido pelo professor João Felipe Trindade, cabe uma advertência aos poderes públicos responsáveis pela manutenção e preservação dos arquivos brasileiros.

Mesmo como genealogista novel,já comprovei que é muito mais fácil identificar e conhecer os ascendentes pessoais em Portugal, dos que as raizes e troncos brasileiros.Lá os Arquivos Distritais,mantidos pelo governo, são zelosaamente cuidados e tecnicamente organizados. Aqui, embora o acervo e memória já perdidas sejam de dificil ou mesmo impossivel recuperação, ficam as expectativas do povo brasileiro, de que as digitalizações dos acervos históricos inibam suas destruições e/ou comprometimentos.ANTONIO AUGUSTO LEITE DE CASTRO



COMENTÁRIOS PROF JOÃO FELIPE TRINDADE SOBRE A MEMÓRIA AMEAÇADA NO RN





Caro Augusto


Uma parte dos livros da Cúria Metropolitana foi parar no Instituto Histórico, não sei por que cargas d'agua. Alguns desses livros começam
em 1725, mais ou menos.Não são encadernados e são colocados dentro de caixas. Os que permancem na Cúria tem capa. Mas são desordenados.Faltam alguns livros e outros são imexíveis.

Os Mórmons filmaram todos esses livros e uma cópia desses filmes se encontra em um ármario na Cúria Metropolitana. Tenho tentado encontrar um caminho para utilização desses filmes, para evitar o manuseio dos papéis, mas não consegui uma luz.Entretanto como a UFRN está, através do Departamento de História,adquirindo escaneadoras potententes e digitalizadoras de microfilmes,há chances de preservação do material existente.

Luto, também, por uma campanha, para digitalizar os documentos mais antigos do IHGRN, pois,documentos importantes e raríssimos continuam a ser manuseados.Alguns documentos citados por autores nos seus livros, são de dificeis localização no Instituto, por dois motivos: desapareceram ou foram surrupiados.


No interior do Estado a situação é pior ainda. Na região que pesquisei,os livros mais antigos são do ano de 1823.Não há zelo pelo material. Nenhum tratamento é dado. Me preocupa sobremodo os documentos que estão nos cartórios. Deveria ser dado um encaminhamento para sua preservação. Todos deveriam ser digitalizados.Uma relíquia são são as imagens dos livros de batismos da Freseguesia de Nossa Senhora da Apresentação, período 1688 a 1712, fotografados porFábio Arruda, no Instituto Pernambucano.


João Felipe Trindade