quinta-feira, 22 de abril de 2010

LIBERTE-SE DO PASSADO

(Trecho do livro "LIBERTE-SE DO PASSADO" de Jiddu Krishnamurti,disponibilizado do link http://www.jiddu-krishnamurti.net/pt/krishnamurti-liberte-se-do-passado/jiddu-krishnamurti-liberte-se-do-passado-09 )





Não podeis ter medo do desconhecido, pois não sabeis o que ele é e, portanto, não há nada que temer. A morte é uma palavra, e é a palavra, a imagem que cria o medo. Assim, podeis olhar a morte sem a imagem da morte? Enquanto existir a imagem, que dá origem ao pensamento, o pensamento haverá sempre de criar medo. Tratais então de racionalizar o vosso medo da morte e de levantar uma resistência contra o inevitável, ou inventais inumeráveis crenças para vos protegerdes do medo da morte. Há, portanto, um vão entre vós e a coisa de que tendes medo. Nesse intervalo de espaço-tempo tem de haver conflito, ou seja medo, ansiedade, autocompaixão. O pensamento, que gera o medo da morte, diz: "Adiemo-la, evitemo-la, mantenhamo-la o mais distante possível, não pensemos nela" - mas vós estais pensando nela. Ao dizerdes "Não quero pensar nela", já pensastes numa maneira de evitá-la. Tendes medo da morte, porque a tendes adiado.

Separamos o viver do morrer, e o intervalo entre o viver e o morrer é - medo. Esse intervalo, esse tempo, é criado pelo medo. Viver é nossa tortura diária - insultos, sofrimentos, confusão, e, ocasionalmente, uma janela aberta nos mostra mares encantados. É a isso que chamamos "viver", e temos medo de morrer, que é o fim dessa aflição. Preferimos aferrar-nos ao conhecido a enfrentar o desconhecido - o conhecido, que é nossa casa, nossos móveis, nossa família, nosso caráter, nosso trabalho, nossos conhecimentos, nossa fama, nossa solidão, nossos deuses - essa coisa insignificante que incessantemente gravita em torno de si própria, com seu limitado padrão de amargurada existência.

Pensamos que o viver está sempre no presente e que o morrer é algo que nos aguarda num tempo distante. Mas nunca indagamos se essa batalha da vida diária é de fato viver. Queremos saber a verdade a respeito da reencarnação, desejamos provas da sobrevivência da alma, prestamos ouvidos às asserções dos clarividentes e às conclusões das pesquisas psíquicas, porém nunca perguntamos, nunca perguntamos como viver - viver com deleite, com encantamento, com a beleza, todos os dias. Aceitamos a vida tal qual é, com toda a sua agonia e desespero, com ela nos acostumamos, e pensamos na morte como uma coisa que devemos diligentemente evitar. Mas, a morte se assemelha extraordinariamente à vida, quando sabemos viver. Não podeis viver sem morrer. Isso não é um paradoxo intelectual. Para se viver completamente, totalmente, de modo que cada dia seja uma nova beleza, tem-se de morrer para todas as coisas de ontem, pois, de contrário, viveremos mecanicamente, e uma mente mecânica jamais saberá o que é o amor ou o que é a liberdade.

Em geral tememos a morte, porque não sabemos o que significa viver. Não sabemos viver, e por isso não sabemos morrer. Enquanto tivermos medo da vida, teremos medo da morte. O homem que não teme a vida não teme a insegurança, porque compreende que, interiormente, psicologicamente, não existe segurança nenhuma. Quando não há segurança, há um movimento infinito, e então a vida e a morte são uma só coisa. O homem que vive sem conflito, que vive com a beleza e o amor, não teme a morte, porque amar é morrer.

Se morreis para tudo o que conheceis, inclusive vossa família, vossa memória, tudo o que sentistes, a morte é então uma purificação, um processo de rejuvenescimento; traz então a morte a inocência, e só os inocentes são apaixonados, e não aqueles que crêem e que desejam descobrir o que acontece após a morte.

Para descobrirdes o que realmente acontece quando se morre, tendes de morrer. Isso não é pilhéria. Tendes de morrer, não fisicamente, mas psicologicamente, interiormente, morrer para as coisas que vos são caras e para as coisas que vos amarguram. Se morrestes para cada um dos vossos prazeres, tanto os insignificantes como os mais importantes, sem nenhuma compulsão ou discussão, então sabereis o que significa morrer. Morrer é ter uma mente completamente vazia de si mesma, vazia de seus diários anseios, prazeres e agonias. A morte é uma renovação, uma mutação, em que o pensamento não funciona, porque o pensamento é coisa velha. Quando há a morte, há uma coisa totalmente nova. Estar livre do conhecimento é morrer; e, então, estais vivendo.


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